Carcinoma Espinocelular (CEC): O Segundo Tipo Mais Comum de Câncer de Pele

O Carcinoma Espinocelular (CEC), também conhecido como carcinoma de células escamosas, é o segundo tipo mais comum de câncer de pele, superado apenas pelo Carcinoma Basocelular. Ele se desenvolve a partir das células escamosas da epiderme e está diretamente ligado à exposição solar crônica ao longo da vida.
Embora a maioria dos casos seja curável, o CEC exige uma atenção especial. Diferente do basocelular, ele possui um potencial maior de agressividade e metástase (a capacidade de se espalhar para outros órgãos), tornando o diagnóstico precoce e o tratamento rápido ainda mais cruciais.
A Origem do Carcinoma Espinocelular: Das Ceratoses Actínicas ao Tumor
Muitas vezes, o CEC não surge em uma pele completamente saudável. Ele frequentemente se desenvolve a partir de lesões pré-malignas chamadas ceratoses actínicas. Essas são aquelas “casquinhas” ou manchas ásperas e avermelhadas que aparecem em áreas de muita exposição solar, como rosto, orelhas, lábios, antebraços e mãos.
As ceratoses actínicas são um sinal de dano solar e um alerta. Tratar essas lesões é uma das formas mais eficazes de prevenir o desenvolvimento do Carcinoma Espinocelular, impedindo a evolução para um câncer de pele invasivo.
Como Reconhecer os Sinais do Carcinoma Espinocelular?
O CEC pode ter apresentações variadas, mas geralmente se apresenta como uma lesão que não cicatriza e tem um crescimento progressivo. Fique atento a:
- Mancha ou placa avermelhada: Uma lesão endurecida, descamativa e que pode sangrar com facilidade.
- Lesão de aspecto verrucoso: Um tumor com aparência de verruga, que cresce rapidamente e pode formar uma crosta central.
- Ferida que não cicatriza: Uma úlcera (ferida aberta) que persiste por semanas, muitas vezes com bordas elevadas e endurecidas.
Este tipo de câncer de pele é muito comum nos lábios e nas orelhas, áreas de alto risco e que merecem vigilância constante.
Fatores de Risco e a Importância do Diagnóstico Médico
O principal fator de risco é a exposição solar acumulada. No entanto, outros fatores aumentam a suscetibilidade ao CEC:
- Pele clara e histórico de queimaduras solares.
- Presença de ceratoses actínicas.
- Idade avançada.
- Imunossupressão (pacientes transplantados ou com doenças que afetam o sistema imune).
- Cicatrizes antigas ou áreas de inflamação crônica da pele.
O diagnóstico preciso só pode ser feito por um dermatologista. Após o exame clínico e a dermatoscopia, a confirmação é obtida através de uma biópsia de pele, onde um fragmento da lesão é analisado em laboratório.
Opções de Tratamento para o Carcinoma Espinocelular
O tratamento do CEC tem como objetivo a remoção completa do tumor para evitar a recidiva (retorno) e o risco de metástase. A escolha da técnica depende da localização, tamanho e características do tumor.
- Cirurgia Excisional: É o tratamento mais comum, removendo o tumor com uma margem de pele sã para garantir que todo o câncer de pele foi retirado.
- Cirurgia Micrográfica de Mohs: É a técnica com as maiores taxas de cura. É especialmente indicada para o CEC por sua precisão em analisar 100% das margens cirúrgicas. É o tratamento de escolha para tumores em áreas de alto risco (lábios, orelhas, pálpebras), tumores grandes, recidivados ou em pacientes imunossuprimidos.
- Radioterapia e Outras Terapias: Podem ser usadas como tratamento complementar em casos mais avançados ou quando a cirurgia não é uma opção.
O Carcinoma Espinocelular é um sinal claro de que sua pele precisa de atenção especializada. Diferente de outros tipos de câncer de pele de crescimento mais lento, o CEC pode evoluir mais rapidamente. Por isso, a ação precoce é a sua melhor defesa.
Não ignore lesões ásperas, feridas que não cicatrizam ou nódulos que estão crescendo. Agende sua avaliação dermatológica e garanta o diagnóstico e tratamento corretos.